Versículo: “E Moisés acrescentou: O Senhor lhes dará carne para comer à tarde e os saciará com pão pela manhã, pois ouviu suas queixas contra Ele. O que fizemos? Sim, suas queixas são contra o Senhor e não contra nós”. Êxodo 16:8
Aplicação: Após Deus ter livrado seu povo da escravidão no Egito, eles estavam no deserto, rumo à terra prometida, sob a liderança de Moisés e Arão.
O deserto é uma região marcada pela baixa incidência de chuvas, pela ausência de rios/lagos e, consequentemente por uma vegetação e uma vida animal pobre.
Além disso, nessas áreas a temperatura costuma ser muito alta durante o dia podendo, às noites, regredir abaixo de zero.
Há, aproximadamente, dois meses nessa região; não demorou muito, os hebreus – aqueles mesmos que tinham visto Deus agir poderosamente contra o Egito a fim de libertá-los e abrir o Mar Vermelho, para que eles pudessem atravessar a seco, começaram a reclamar contra Moisés e Arão:
“Se ao menos o Senhor tivesse nos matado no Egito, lamentavam-se. Lá nós sentávamos em volta de panelas cheias de carne e comíamos pão à vontade. Mas, agora vocês nos trouxeram a este deserto para nos matar de fome”.
Rapidamente, eles se esqueceram de todo sofrimento que Deus os havia livrado e do Seu agir poderoso na vida deles e, na primeira dificuldade que tiveram, desejaram estar no Egito e começaram a murmurar.
Furioso com todas aquelas reclamações, Moisés explicou aquele povo que, na realidade, suas reinvindicações não eram contra ele, nem contra Arão, mas contra o Deus Todo Poderoso.
E aquela situação se repetiu inúmeras vezes ao longo da caminhada dos israelitas à Canaã … uma distância que poderia ter sido percorrida em alguns poucos dias, demorou 40 anos, por causa da murmuração do povo de Deus.
O Texto Sagrado revela que 600 mil homens, exceto mulheres, idosos e crianças (que se contados poderiam ultrapassar 3 milhões de pessoas) atravessaram o Mar Vermelho, porém apenas dois deles (Josué e Caleb) entraram na terra que emana leite e mel.
Todo restante da população morreu no deserto por causa de sua desobediência, reclamação e dura cerviz.
Nós não somos muito diferentes daquele povo. Enquanto estamos sendo abençoados e vendo a mão de Deus agir em nosso favor, glorificamos ao Senhor e ficamos felizes.
No entanto, quando somos levados ao deserto, em pouco tempo, começamos a reclamar contra as coisas e contra as pessoas. Rapidamente, começamos a questionar a Deus, nos entristecermos e nos desfalecer na fé.
Precisamos entender que quando tomamos essa atitude, na realidade, estamos murmurando contra o Todo Poderoso, porque absolutamente nada acontece sem sua permissão.
O deserto é uma realidade na vida de todas as pessoas. Nele Deus forja o nosso caráter, nos lapida, nos ensina a dependermos apenas Dele, nos ensina a nos humilharmos, a nos quebrantarmos, a nos arrependermos, a esperarmos Nele; nos prepara para recebermos Suas bençãos e, se revela para nós. Por isso, apesar de doloroso, é um período importante nas nossas vidas.
A maneira como nos comportamos nessa aridez, muitas vezes, determinará não apenas a sua duração, como também a nossa aprovação e/ou reprovação.
Os hebreus poderiam ter atravessado o Sinai em poucos dias. Contudo, suas reclamações e questionamentos fizeram com que ficassem 40 anos peregrinando no deserto.
Eles também poderiam ter sido aprovados, mas suas murmurações fizeram com que toda aquela geração morresse sem ingressar em Canaã.
Que nós sejamos como Josué e Caleb que, apesar do deserto, venceram e puderam desfrutar das boas promessas do Senhor na terra que emana leite e mel.
Oração: Senhor, hoje queremos nos arrepender das nossas reclamações e questionamentos que temos feito ao longo das nossas vidas. Queremos, nesse deserto que atravessamos, aprender as lições que queres nos ensinar e desfrutar da sua presença. Queremos também ter nossos caráteres forjados e sair desse lugar pessoas mais semelhantes a Jesus. Fortalece-nos para que, como Josué e Caleb, saiamos vencedores, aptos a desfrutarmos das tuas promessas. Oramos em nome de Jesus. Amém.