As Finanças no Casamento

O dinheiro, ou melhor, o desequilíbrio financeiro é um dos principais motivos que leva um casal a se divorciar.

Tudo se inicia com um desequilíbrio financeiro, gastos excessivos, dívidas descontroladas e progride para as demais áreas com brigas e discussões infindáveis, culminando na separação do casal.

É óbvio que, nesse caso, o divórcio não é a melhor solução.

Na verdade, ele nunca é, e nem deveria ser uma opção para um casal cristão (exceto nos casos de violência doméstica), já que Deus o odeia (Malaquias 216).

Precisamos entender que quando nos casamos, tornamo-nos com os nossos cônjuges uma só carne, isto é, somos uma só pessoa, de modo que nem mesmo as nossas finanças devem ser separadas. As dívidas são do casal, assim como os bens adquiridos.

Pensar contrário a isso faz-me lembrar uma república de amigos que se reúnem para dividirem suas despesas: um paga a conta de água, o outro a de luz; cada um compra o que come e um não mexe no alimento do outro.

Isso não é unidade, divisão.

Admitir aquilo já resolve boa parte dos nossos problemas financeiros, porque antes de gastarmos nos lembramos do compromisso que temos com os nossos cônjuges e com os nossos lares.

Ambos trabalham para suprir as necessidades de suas casas e para a diversão de toda a família. Não há individualidade, nem egoísmo, porque antes do entretenimento, todos compartilham dos mesmos encargos.

As mulheres renunciam bolsas, sapatos e vestidos novo, pois sabem que ambos precisam pagar o aluguel do mês.

Os maridos deixam de comprar um ingresso do clássico palmeiras x Corinthians, porque precisam fazer a compra do mês.

E assim por diante… Quando entendemos que somos um, inclusive financeiramente, não há espaço para enganos e mentiras entre o casal.

Pelo contrário, a transparência prevalece sempre, porque os compromissos são comuns.

É claro que não precisamos da autorização dos nossos cônjuges sempre que formos comprar um pão, ou algo de valor irrisório, todavia, quando nossas aquisições puderem comprometer os nossos orçamentos, precisamos sim pedir permissão a ele/ela antes, porque a dívida comprometerá o casal.

Isso inclui algo comum em algumas mulheres: comprar escondido dos esposos, afinal eles quase nunca notam. A verdade é que essa prática egoísta prejudica não apenas o orçamento familiar, mas o relacionamento como um todo, especialmente, no que diz respeito a confiança.

Definir entre os dois qual será o responsável pela administração das finanças também é muito importante. Essa parte ficará encarregada organizar em uma planilha as contas domésticas, lançando as entradas e saídas de dinheiro.

Com isso, o casal perceberá com o que estão gastando mais e em que podem economizar.

Poupar pelo menos 10% dos ganhos familiares é uma boa estratégia para não passar “perrengue” nas situações emergenciais.

Quando entendemos e praticamos isso, resolvemos metade dos nossos problemas, porque as compras sempre serão precedidas por uma conversa madura entre o casal que, como uma só carne que são, decidirá juntos o que é prioridade e o que não é; o que tem que ser feito agora e o que pode esperar.

Talvez, você já esteja endividado, porque nunca teve um controle sobre seus ganhos e gastos; ou porque o perdeu nos últimos tempos.

Ainda assim, a solução dos seus problemas financeiros não se dará apontando um único responsável/culpado pela situação, nem com brigas, muito menos com divórcio. Pelo contrário, tudo isso piorará o problema.

Notamos, na maioria dos casais que optam pela separação, a dilapidação de seus patrimônios, porque sozinhos as dívidas, os problemas, a infelicidade se tornam muito maiores. As Escrituras nos ensinam que é melhor sermos dois do que um.

Nesses casos, o mais importante a ser feito é definir as coisas que são indispensáveis para a família, tais como alimentação, moradia e saúde; e se abster do supérfluo até quitarem as dívidas e se organizarem financeiramente.

Outro ponto fundamental é que precisamos render todas as áreas das nossas vidas ao Senhor, inclusive a financeira.

Devolver o dízimo a Deus é reconhecê-Lo como Senhor do nosso dinheiro. Quando fazemos isso, Ele se compromete em repreender o devorador da nossa terra e nos abrir as janelas do céu para derramar sobre as nossas vidas bençãos sem medidas. (Malaquias 3:10).

Minha oração é para que você renda não apenas sua vida, mas também seu casamento e suas finanças ao Senhor, porque Ele é poderoso para restituir tudo aquilo que você perdeu e te honrará por sua obediência nos momentos de dificuldade.

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