Os Meus Olhos Te Contemplam

Versículo: “Certo é que falei de coisas que não entendia, coisas tão maravilhosas que eu não poderia saber. (…) Antes, eu te conhecia só por ouvir falar, mas agora os meus olhos te contemplam. Por isso, estou envergonhado de tudo que disse e me arrependo, sentado aqui no chão, num monte de cinzas”. (Jó 42:3-6).

Aplicação: Jó passou por uma grande prova em sua vida, ele foi atingido por satanás em todas as áreas importantes para um ser humano: perdeu seus bens e seus dez filhos num único dia.

Depois, o diabo tocou seu corpo, afligindo-lhe com feridas terríveis, da sola dos pés ao alto da cabeça, de modo que ele precisou de um caco de louça para se coçar, sentado entre as cinzas.

Sua esposa, que também foi à falência e perdeu seus filhos, ao invés de consolá-lo, sugeriu-lhe a morte: “ainda mantém sua integridade? Amaldiçoe a Deus, e morra!”

Seus amigos o acerbavam com acusações e questionamentos. Taxaram Jó de ladrão das viúvas e órfãos, de louco e pecador.

Apesar de tudo isso, ele não pecou e não culpou ao Senhor de coisa alguma.

Entretanto, diante das imputações dos seus amigos, Jó se defendeu; se queixou, amaldiçoou o dia do seu nascimento e questionou a Deus, preferindo-lhe 16 perguntas. Ele não entendia o motivo de tanto sofrimento e de tanta dor, já que temia ao Senhor, era íntegro, justo e se desviava do mal.

Durante todo esse tempo, a única resposta que Jó obteve foi o silêncio. Porém, quando todos se calaram, Deus fez 70 perguntas retóricas a ele, as quais ele não podia responder:

“Onde você estava quando eu lancei os alicerces da terra?”; “quem marcou os limites das suas dimensões?”; “quem represou o mar e fixou os seus limites?” (…)

Diante de todos esses questionamentos Jó declarou: “sou indigno, como posso responder-te? Ponho a mão sobre a minha boca. (…) Certo é que falei de coisas que eu não entendia, coisas tão maravilhosas que eu não poderia saber. (…) Antes, eu te conhecia só por ouvir falar, mas agora os meus olhos te contemplam. Por isso, estou envergonhado de tudo que disse e me arrependo, sentado aqui no chão, num monte de cinzas”.  Ou seja, ele se arrependeu das suas palavras.

Não há indícios no livro de que o Senhor tenha explicado a Jó a razão do seu sofrimento, todavia ele se contentou em saber que há uma infinitude de coisas desconhecidas para nós, mas, totalmente, no controle das mãos do nosso Deus.

Nas nossas lutas e adversidades não nos cabe questionar ao Senhor, mas nos indagarmos “o que Deus quer que eu aprenda em meio a esse sofrimento?” ou “como eu posso glorificá-Lo na minha dor?”, sempre cientes de que tudo passa pelo Seu consentimento.

Uma folha não cai da árvore sem a permissão do Senhor. Um fio de cabelo não cai das nossas cabeças sem que Ele saiba. E satanás não pode nos afligir, a menos que Deus permita. Ele é soberano sobre tudo e governa sobre todos, não nos cabe questioná-Lo, mas confiarmos na sua onipotência.

Em determinadas circunstâncias, o Senhor nos revela os motivos das nossas tribulações. Em outras não, e, assim como Jó, devemos nos contentar em sabermos que há outras infinitudes de coisas que desconhecemos, mas que Ele sabe, controla e governa.

Por isso, que possamos nos arrepender dos questionamentos que temos lançado contra o nosso Senhor e descansar na Sua soberania.

Observamos que em meio ao caos Jó pode conhecer ainda mais a Deus. É certo que ele já tinha um relacionamento com o Senhor, o temia e buscava agradá-Lo em tudo. No entanto, depois de tudo, os olhos de Jó puderam contemplar ao Senhor.

Buscamos mais a Deus em meio as nossas guerras, por isso, muitas vezes elas são usadas para nos levar a ter mais tempo de oração, de relacionamento e intimidade com o nosso Pai; para que examinemos, com mais profundidade, as Escrituras; e nos voltemos para Ele.

Precisamos estar atentos ao que o Senhor quer nos ensinar com as nossas adversidades; então, como Jó, poderemos declarar: “antes eu O conhecia apenas de ouvir falar, mas hoje os meus olhos te veem”.

Por fim, Deus perdoou Jó e lhe deu em dobro tudo o que tinha antes.

Há perdão do Senhor para as nossas vidas. Há restauração e restituição Nele. Nada do que Ele nos permite é para o nosso mal, mas tudo coopera para o nosso bem.

Portanto, que hoje possamos nos arrepender dos nossos pecados, dos nossos questionamentos e das nossas queixas e aprendermos em meio às nossas lutas. Então, seremos restaurados, a nossa boca se encherá de riso e a nossa língua de júbilos.

Oração: Senhor, hoje, queremos nos arrepender das nossas queixas e dos nossos questionamentos, pois entendemos que há uma infinitude de coisas que nos é desconhecida, mas que estão sob teu controle e isso nos basta. Queremos, Pai, descansar nos teus braços de amor e, em cada dificuldade, aprender uma lição e glorificar o teu nome. Ajuda-nos, Deus, nessa difícil empreita, para que sejamos restaurados e restituídos. Oramos e, desde já, agradecemos em nome de Jesus. Amém.

No Instagram tenho postado vídeos diários, me acompanha lá também: https://www.instagram.com/  

Compartilhe:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Voltar ao Topo