Evite o Naufragar

Versículo: “Senhores, vejo que a nossa viagem será desastrosa e acarretará grande prejuízo para o navio, para carga e também para a nossa vida.” Atos 27:10

Aplicação: Quando ficou decidido que o Apóstolo partiria para Roma, ele e alguns outros presos foram entregues a um centurião chamado Júlio, que pertencia ao Regimento Imperial.

Um total de 276 pessoas embarcaram em um navio que se destinava para alguns lugares da província da Ásia.

Depois de fazerem a primeira parada, eles passaram a enfrentar ventos contrários até que, com muita dificuldade, conseguiram chegar a um lugar chamado Bons Portos, perto da cidade de Laseia.

O inverno já se aproximava e, agora, a navegação havia se tornado perigosa, motivo pelo qual Paulo advertiu a tripulação a não prosseguir viagem, mas esperar a passada daquela estação em Bons Portos.

“Senhores, vejo que a nossa viagem será desastrosa e acarretará grande prejuízo para o navio, para carga e também para a nossa vida”.

No entanto, o centurião preferiu dar ouvidos ao piloto, ao dono da embarcação e à maioria, seguindo viagem até Fenice, onde passariam o inverno.

Não demorou muito, desencadeou-se da ilha um vento e uma tempestade muito fortes que arrastou o navio. Sem poderem resistir, cessaram as manobras e deixaram a embarcação à deriva.

Como as fortes chuvas não cessavam, eles tiveram que lançar fora do navio a sua carga e até suas armações, do contrário naufragariam.

Apesar das tentativas daqueles homens para salvarem o navio, a tempestade não deu trégua, continuou a castigá-los, então eles perderam as esperanças de salvamento: todos morreriam

Percebendo a falta de fé da tripulação, inclusive de Lucas que acompanhava Paulo, o Apóstolo se levantou para encorajá-los:

“Tenham coragem, pois nenhum de vocês perderá a vida, apenas o navio será destruído. Ontem à noite apareceu-me um anjo do Deus a quem pertenço e a quem adoro, dizendo-me: Paulo, não tenha medo. É preciso que você compareça perante César. Deus, por sua graça, deu-lhe a vida de todos que estão navegando com você”.

No décimo quinto dia, ao amanhecer, eles viram uma praia para onde decidiram conduzir o navio, mas ele encalhou em um banco de areia e a popa foi quebrada pela violência das ondas.

Os soldados resolveram matar os presos para impedirem a fuga de alguns deles, oporem o centurião queria poupar a vida de Paulo e os impediu de executar o plano. Ele ordenou que todos que soubessem nadar se lançassem ao mar em direção a terra e, os outros, deveriam se salvar em tábuas ou pedaços do navio.

Dessa forma, todos chegaram a salvo em terra, cumprindo a palavra do Senhor.

O foco do ministério de Paulo era Roma. Por inúmeras vezes ele quis ir para a capital do império, mas fora impedido pelo Espírito Santo.

Após fundar várias Igrejas em suas diversas viagens missionárias, finalmente, o Senhor envia o Apóstolo à Roma para testemunhar lá o Evangelho da Salvação.

Ele não foi como sonhou livre, juntamente com uma grande comitiva de outros discípulos; mas como prisioneiro, acorrentado, junto de vários condenados. Ainda assim, quando chegou, deu graças e se sentiu encorajado.

Além disso, sua viagem não foi de primeira classe. Pelo contrário, ele e Lucas quase morreram para chegarem ao seu destino final.

Com isso percebemos que, não é porque estamos vivendo no centro da vontade de Deus que estaremos livres das tempestades, lutas e adversidades. Mas, precisamos confiar que, apesar das circunstâncias desfavoráveis, Ele continua conosco.

Essas lutas que enfrentamos podem ser permissões do Senhor nas nossas vidas, para nos provar, saber se iremos desistir, abandonar o barco no primeiro vendaval.

Mas, elas podem ser confrontos de satanás, o inimigo das nossas almas, querendo nos parar e nos impedir de vivermos o melhor que Deus tem para nós.

Se o Apóstolo tivesse desistido, talvez muitos judeus e gentios romanos que se renderam a Cristo não teriam sido salvos e nós não teríamos muitas de suas cartas, as quais foram escritas das prisões que enfrentou ao longo do seu ministério.

Se nós desistirmos, não viveremos os sonhos que o Senhor nos planejou, os quais são muito maiores e melhores do que pedimos ou pensamos. Estaremos abrindo mão das suas bençãos para nós.

Além disso, verificamos que o comandante perdeu o controle do navio durante a tempestade, e ele ficou à deriva; porém, ainda assim, não naufragou, porque Deus continuava no controle.

O Senhor tinha um propósito naquela viagem que era levar Paulo a Roma, a fim de que Ele testemunhasse Cristo na capital do Império e nada e nem ninguém Lhe podia impedir.

O Reverendo Hernandes Dias Lopes citando Matthew Henry relata que “assim como a fúria dos mais poderosos inimigos, assim também o mais violento mar não pode prevalecer contra as testemunhas de Deus até que tenham dado seu testemunho. Enquanto Deus tiver uma tarefa para eles fazerem, suas vidas deverão ser prologadas”.

Quando vivemos no centro da vontade de Deus, as ondas turbulentas do mar podem até nos balançar, nos fazer perder o controle e nos deixar à deriva das nossas próprias vidas.

No entanto, absolutamente nada foge do controle do Senhor, com uma palavra Ele repreende o mar e o faz acalmar, por isso podemos crer e descansar no Criador e Sustentador das nossas vidas.

Oração: Senhor, hoje, queremos apresentar a ti as nossas tempestades e entregar o controle do nosso barco em tuas mãos. Temos lutado tanto, sem sairmos do lugar, contudo cremos que basta uma palavra tua para o mar se acalmar. Por isso, toma as rédeas das nossas vidas e haja conforme a tua vontade. Oramos e, desde já, agradecemos em nome de Jesus. Amém.

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