Movidos Pela Eternidade

Movidos pela eternidade é o título de um dos livros do autor norte americano John Bereve, que me impactou tanto que se tornou um lema na minha vida.

Em síntese bem apartada, o autor cria uma alegoria em que descreve a vida de cinco personagens – Independente, Enganado, Enfraquecida, Egoísta e Caridade, diferentes, os quais viveram de maneira bem distintas em Endel.

Cada um deles tinha um tempo predeterminado, por Jalyn, naquela cidade, sem saber, porém, sua duração, então viveram da forma que julgaram melhor.

Importante esclarecer que, em tese, todos aprenderam os caminhos de Affabel e do grande rei Jalyn.

A história se desenvolve nos informando os fatos mais importantes de cada personagem, até o dia em que eles foram levados diante de Jalyn para a prestarem de contas de suas vidas.

Mesmo cientes que todos são personagens criados e que aquele Grande Dia será incomparável e indescritível, a leitura dos julgamentos gera MUITO temor e tremor aos nossos corações. Produz um desejo desesperador de começar de novo fazendo tudo certo agora.

É inexplicável!!!

O destino dos personagens, Affabel ou Lone, são estabelecidos e são inalteráveis.

É interessante notar, e a Bíblia nos revela isso, que, o julgamento não analisará apenas as ações de cada pessoa, mas, principalmente, as suas intenções ao praticá-las, porque o Senhor sonda e esquadrinha os nossos corações.

E, não é só isso, nós prestaremos contas por cada um dos nossos pensamentos e por cada palavra que proferimos ao longo de nossas vidas.

Sobre isso, eu anotei uma frase do livro que, eu acredito, que pode ser algo que nós pensaríamos também:

O que parecia ser insignificante e até inofensivo em Endel, agora parecia terrível diante daquele glorioso juiz e dos cidadãos reais de Affabel”.

Quanto temor essa declaração deve gerar em nossos corações…

A nossa eternidade não é definida por Jalyn, na hora do nosso julgamento. Ela é estabelecida por nós mesmos, pelo que fizermos durante as nossas vidas aqui na terra.

Jesus morreu para possibilitar que cada um de nós vivêssemos com Ele e com o Pai eternamente. Ou seja, a eternidade nos está disponível a partir da morte e ressurreição de Cristo. Mas, alcançá-la é nossa responsabilidade.

Sobre isso, anotei outra frase marcante acerca de Caridade: “o seu objetivo é viver unicamente para a glória de Jalyn, e ela não permitirá que nada do que, aparentemente, a beneficie, se intrometa no caminho do seu propósito principal”.

Outro ponto marcante no julgamento de Jalyn que, para mim, foi novidade e que mudou a minha vida foi a respeito do julgamento do nosso CHAMADO.

Não seremos julgados de acordo com o que fizemos para o Senhor, mas com o que FOMOS CHAMADOS PARA FAZER.

O autor traz exemplos marcantes a respeito disso. Um deles é sobre um contador muito bem sucedido que organizou muitas instituições eclesiásticas e filantrópicas.

De acordo com ele, esses ministérios influenciaram muitas almas para entrarem no reino de Deus.

Ainda assim, o Senhor poderá responder aquele contador: Eu te chamei, antes mesmo de você nascer, para ganhar multidões na Ásia para mim, dê-me um relato de onde elas estão. Se você tivesse me obedecido, você seria amplamente recompensado por todo fruto colhido para o meu reino. Agora, como resultado, suas obras serão queimadas, porque não foram feitas em obediência a mim.

Apesar das nossas obras não interferirem no nosso destino, Affabel ou Lone, elas estão diretamente ligadas ao recebimento dos nossos galardões.  Por maior que elas sejam, para Deus não passam de trapos de imundícias e, se realizadas em desobediência ao nosso chamado, serão queimadas.

Tomar conhecimento disso mudou minha vida, me fazendo repensar no meu ministério e nos meus anseios profissionais: eles são meus ou são de Deus para mim? Eles trarão meus galardões ou serão queimados?

Foi então que tomei algumas decisões e, uma delas, foi criar um blog, onde compartilho meus devocionais, alguns textos reflexivos, estudos, tudo a luz da Palavra de Deus.

Talvez você esteja pensando: eu não sei para que o Senhor me chamou, o que fazer?

Primeiramente, precisamos buscar em Deus, por meio da oração, o chamado que Ele tem para as nossas vidas, porque ele é específico para cada um.

Uns são chamados para viver integralmente no ministério; outros para serem empresários e financiarem a obra de Deus; outros, para o setor da educação, formando pessoas de valores; outros para o governo, influenciando os setores mais altos da sociedade; e assim por diante.

Depois de descobrirmos o nosso chamado devemos permanecer plantados na Igreja local, mantendo-nos submissos e obedientes àquela liderança, até que Deus nos levante, se for da vontade Dele.

Por fim, devemos romper com os pesos, com os embaraços que nos impedem de viver, plenamente, a vontade de Deus para as nossas vidas.

O livro nos mostra Jesus mexendo nas áreas mais críticas da vida de um ser humano: a segurança, a estabilidade, o conforto, os relacionamentos, quando um dos que Jesus chamou Lhe respondeu: deixa-me despedir-me de casa; e as finanças, quando o outro chamado Lhe respondeu: deixa-me primeiro enterrar meu pai.

Dessa forma,  se quisermos cumprir os planos do Senhor realizando o chamado que Ele tem para cada um de nós, precisamos estar cientes de que isso custará a nossa vontade, os nossos planos, os nossos sonhos,  a nossa segurança, o nosso conforto, a nossa estabilidade, enfim tudo o que nós nos apoiamos.

Se você não acredita, observe Jesus. O cumprimento do Seu chamado Lhe custou a vida, por acaso somos melhores do que Ele?

Desde que li esse livro, minha oração tem sido como a de Leonard Revenhill: Óh Deus, grave a eternidade nos meus olhos, para que eu não desvie do Teu caminho e para que a minha vida possa impactar outras para a eternidade.

Compartilhe:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Voltar ao Topo