Raquel era a filha mais nova de Labão (irmão de Rebeca). Ela vivia, juntamente com sua família, na Mesopotâmia.
De acordo com as Escrituras, depois que Jacó enganou seu irmão Esaú “roubando-lhe” seus direitos a primogenitura, este o queria matá-lo. Jacó, então, foge para a terra dos familiares de sua mãe, Rebeca.
Ao chegar na Mesopotâmia, ele é surpreendido por Raquel e, à primeira vista, apaixona-se.
Jacó queria se casar com a filha de Labão, porém ela era a mais nova e sua irmã, Lia, ainda não havia se casado. O irmão de Rebeca, então, aproveitando-se da paixão do “jovem” propõe-lhe um trato: se ele trabalhasse para Labão por sete anos, poderia casar-se com Raquel.
A Bíblia afirma que aquele tempo lhe pareceram poucos dias, pelo muito que ele a amava. (Gênesis 29:20).
Ocorre que Labão, mais uma vez, aproveitando-se do amor que Jacó tinha por sua filha, o enganou e, depois dele trabalhar sete anos por Raquel, Lia é foi quem lhe fora entregue por esposa.
Desiludido, Jacó aceitou o novo acordo proposto por seu sogro: mais sete anos de trabalho e, finalmente, ele se casaria com sua amada.
Uaal.. que amor é esse?!??
Podemos, então, acrescentar que Raquel foi a mulher escolhida por Deus para desfrutar do amor sacrificial do seu marido, que não mediu esforços e dedicou, pelo menos, quatorze anos de sua vida para tê-la por esposa.
Esse é o amor que os esposos devem ter por suas mulheres: amor ágape, sacrificial, o mesmo com o qual Jesus amou sua Igreja.
Esse é o marido que as mulheres solteiras devem buscar que as amem em segundo lugar (apenas abaixo de Deus), e esteja disposto a dar sua vida por elas, se preciso for.
É óbvio que muitas outras características, tais como dedicação ao trabalho, ao ministério, desejo ou não de ter filhos, relacionamento familiar, dentre outras, são importantes. Contudo, quando o homem verdadeiramente (e isso é fundamental) ama ao Senhor sobre todas as coisas, aqueles caracteres lhe são inerentes, porque ele aplica na sua vida os princípios da Palavra de Deus.
Após casarem-se, Raquel descobriu que era estéril e sofreu muito por causa disso, principalmente porque sua irmã, Lia, também casada com Jacó, deu filhos a ele.
Desesperada, ela se utilizou do mesmo plano que Sara: entregou seu marido à sua serva, Bila, a qual concebeu Dã e Naftali. No entanto, isso não a satisfez.
Então, Raquel fez o que deveria ter feito desde o começo: OROU!
“Deus se lembrou dela e, em resposta às suas orações, permitiu que ela se tornasse fértil. Ela engravidou e deu à luz a José”.
Apesar da beleza que Raquel tinha, a qual atraiu o amor de seu esposo imediatamente, notamos que ela não era sábia, porque antes de clamar ao Senhor por um filho, a exemplo de Rebeca, ela tentou resolver seus problemas na força do seu braço, como Sara.
Ademais, verificamos que ela era uma mulher idólatra, apegada aos deuses de seu pai Labão.
Devemos extrair algumas lições para as nossas vidas, a partir da história que conhecemos dessa personagem.
Precisamos entender, em primeiro lugar, que, não apenas como mulheres, mas como seres humanos, há problemas que podemos resolver com as nossas próprias forças e nesses, muito provavelmente, Deus não irá intervir, porque cabe a cada uma de nós nos posicionarmos.
No entanto, há situações que depende exclusivamente do Senhor. Nesses casos, o nosso “jeitinho” faz com que geremos “ismaéis”.
Temos que ser mulheres sábias as quais lutam como uma leoa quando algo depende apenas de nós; porém que se rendem como uma presa quando algo depende de Deus.
Em segundo lugar, temos que nos posicionar quanto a nossa fé em Jesus, abandonando toda idolatria, seja qual for ela, porque Deus não a tolera.
Quando saiu da casa de Labão, Raquel levou escondido consigo os ídolos dele sendo condenada e morta por causa disso.
Sem saber que as imagens do sogro estavam com sua amada, Jacó declarou uma condenação sobre a pessoa que os tivesse furtado de Labão: “quanto a seus deuses, veja se consegue encontrá-los, e quem os tiver roubado deve morrer”.
Segundo a Bíblia, ao dar à luz a seu segundo filho, Benjamim, Raquel morreu.
Portanto, como cristãs precisamos nos livrar de toda idolatria para não sermos, assim como Raquel, condenadas.
Ela não se refere apenas a imagens, mas a qualquer coisa ou pessoa que tome o lugar, a posição do Senhor nas nossas vidas. Ele deve ser a nossa prioridade, Ele deve, sempre, ocupar o primeiro lugar.
Por fim, devemos entender que nossa beleza física deve ser apenas um dos nossos atributos e não a nossa essência, que deve ser um coração puro e compassivo como o de Jesus.
Minha oração é para que, assim como Raquel, vivamos um amor sacrificial nos nossos casamentos, buscando sempre a felicidade um do outro; e principalmente para que aprendamos com seus erros: convertendo-nos, de todo o nosso coração, a Deus, rendendo a Ele em oração todas as nossas angústias e dificuldades, esperando Dele o sim e o amém!!!