Espinho na Carne

Versículo: “Para evitar que eu me tornasse arrogante, foi-me dado um espírito na carne, um mensageiro de satanás para me atormentar e impedir qualquer arrogância. Em três ocasiões, supliquei ao Senhor que o removesse, mas Ele disse: minha graça é tudo que você precisa. Meu poder opera melhor na fraqueza.” 2 Coríntios 12:7-8

Aplicação: Ainda defendendo seu apostolado das injustas acusações de falsos profetas, Paulo lembra os coríntios dos feitos maravilhosos que ele e sua equipe fizeram quando estavam no meio deles.

Além disso, narra-lhes uma experiência extraordinária que “um homem conhecido por ele” viveu. Ao lermos o texto, entendemos que a experiência fora do próprio Apóstolo.

Há quatorze anos, aquele homem fora arrebatado ao terceiro céu. Ou seja, ao paraíso, à casa de Deus, onde pode ver e ouvir coisas tão maravilhosas que são indescritíveis em palavras humanas.

Entretanto, para que o Apóstolo não se orgulhasse acerca de todas aquelas coisas, foi-lhe posto um espinho na carne, a fim de lembrá-lo que tudo quanto ele vivia e/ou fazia era graça de Deus. Portanto, ele não tinha do que se orgulhar.

Paulo chamou aquele espinho que, apesar de tantas especulações, não sabemos o que é, de mensageiro de satanás.

Apesar de o Apóstolo suplicar a Deus que o removesse, ele não fora atendido em suas petições.

Tão-somente lhe fora garantido que a graça do Senhor é tudo que nós precisamos, porque o Seu poder se aperfeiçoa nas nossas fraquezas.

Assim como Paulo, nós não temos nada do que possamos nos orgulhar, porque tudo que vivemos ou que possuímos é fruto da graça do Senhor que nos alcançou.

Se sabemos cantar esplendorosamente; tocar instrumentos musicais com maestria; escrever com propriedade; pregar com autoridade, unção e clareza; profetizar; se temos palavra de conhecimento; ou se como o Apóstolo, tivemos experiências incríveis com o Senhor, como ser arrebatado ao terceiro céu, NADA é por nós mesmos, mas a capacitação divina nas nossas vidas. Portanto, não podemos nos orgulhar.

Ocorre que como seres caídos que somos, a arrogância faz parte da nossa natureza pecaminosa, por essa razão temos também, cada um de nós, um espinho nas nossas carnes, algo que, apesar de suplicarmos a Deus para nos ser retirado, continua ali para nos lembrar de quem realmente somos.

Esse espinho que nos atormenta pode ser uma doença física, um desejo pecaminoso que sonda os nossos pensamentos, o nosso temperamento, nossa dura cerviz, enfim, qualquer coisa que nos faça reconhecer a nossa dependência do Senhor, para que não nos exaltemos.

Não podemos vencer o pecado sozinhos. Somos incapazes de vencer nossos maus pensamentos, se não nos enchermos da Palavra de Deus. É impossível controlarmos nossos temperamentos, sem o submetermos ao do Espírito Santos. E há enfermidades e limitações que, talvez, nos acompanhe ao longo da nossa jornada.  Tudo para que dependamos do Senhor.

Obviamente, podemos clamar a Deus e pedir libertação, mas pode ser que Ele responda a nós, como respondeu a Paulo: a minha graça te basta”.

De fato, a graça de Deus para conosco nos é suficiente para TUDO, inclusive para nos ensinar a conviver com os nossos espinhos, porque todas as coisas cooperam para o nosso bem, sejam elas boas ou ruins.

Por isso, que nossa resposta seja a mesma do Apóstolo Paulo: “de boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas para que em mim habite o poder de Cristo. Por essa razão, sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias, por amor de Cristo. Porque quando estou fraco, então sou forte”.

Oração: Senhor, hoje queremos colocar no teu altar os espinhos que temos nas nossas carnes, e clamar para que o Senhor os remova, porque nos traz dores e sofrimentos. Mas, confiamos que a tua graça é suficiente em tudo quanto fazemos, por isso, pedimos para que seja feita a tua e não a nossa vontade, porque o que mais nos importa é termos uma vida na tua dependência e que te glorifique. Oramos e, desde já, agradecemos, em nome de Jesus. Amém.

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