Versículo: “Qual dos dois vocês querem que eu lhes solte? A multidão gritou em resposta: “Barrabás!” Pilatos perguntou: “E o que farei com Jesus chamado Cristo? Crucifica-O, gritou a multidão”. Mateus 27:21-22
Aplicação: No texto de hoje, Jesus já havia sido entregue por um dos seus “amigos”, preso e estava diante de Pilatos, governador romano, para ser interrogado acerca das denúncias (mentirosas) que haviam sido feitas contra Ele.
A Bíblia narra que diante de todas as acusações, Jesus permaneceu em silêncio, sem sequer tentar se defender: “Ele foi oprimido e afligido, mas não abriu a sua boca; como um cordeiro foi levado ao matadouro, e como ovelha muda perante os seus tosquiadores, assim Ele não abriu sua boca”. (Isaías 53:7)
Era costume, naquela época, na festa da Páscoa, um criminoso ser liberto. Dessa fora, após interrogar Jesus, Pilatos, que sabia que Ele era inocente, porém pressionado, deixou com que as multidões decidissem quem deveria ser liberto: Jesus ou Barrabás, um criminoso verdadeiro.
Para nossa surpresa, a multidão (instigada pelos líderes religiosos) não só escolheu a libertação de Barrabás, como também condenou Jesus à mais humilhante pena de morte que tinha: a crucificação.
Quando eu leio esse texto, sinto uma tristeza enorme no meu coração. Como o povo pode ser tão injusto? Como pode o povo ser tão ingrato?
Jesus tinha passado (pelo menos três anos) sua vida ensinando a Palavra para aquelas pessoas; Ele tinha feito coxos andarem, cegos enxergarem, tinha purificado leprosos, multiplicado o pão, transformado água em vinho, tinha libertado endemoniados, ressuscitado mortos, enfim tinha operado milagres e maravilhas em favor daquelas pessoas que, agora, queriam matá-lo.
Como isso pode acontecer???
Apesar da minha indignação, quando olhamos para as nossas vidas, constatamos que nós fazemos as mesmas coisas com Jesus.
Quando nós pecamos, quando sedemos à nossa carne, quando nós O desobedecemos, quando O desagradamos e O entristecemos, estamos sendo tão ingratos como aquela multidão.
Jesus é Deus. Ele se destitui da Sua glória, se fez carne e habitou nessa terra, para morrer. Ele foi humilhado e, ao final, crucificado. Ele se submeteu a tudo isso em obediência ao Pai, por amor a mim e a você, para que, por Sua morte, nós tivéssemos vida (eterna).
Quando agimos daquela forma estamos anulando (para nós) o sacrifício de Cristo e desprezando o sangue que, por amor, Ele derramou por nós na cruz.
Hebreus 6:4-6 diz que para aqueles que uma vez foram iluminados, provaram o dom celestial, tornaram-se participantes do Espírito Santo, experimentaram a bondade da Palavra de Deus e os poderes da era que há de vir, E CAÍRAM, é impossível que sejam reconduzidos ao arrependimento; POIS PARA SI MESMOS ESTÃO CRUCIFICANDO DE NOVO O FILHO DE DEUS, SUJEITANDO-O À DESONRA PÚBLICA.
Minha oração é que nós não sejamos ingratos como aquela multidão, mas que vivamos a vida que Jesus doou por mim e por você, negando a nós mesmos, aos nossos sonhos, às nossas vontades e prazeres para vivermos com Ele e para Ele.
Oração: Senhor, essa noite queremos nos arrepender por todas as vezes que fomos ingratos a Ti, e O crucificamos novamente. Livra-nos, Pai, de sermos essas pessoas. Queremos viver a Tua vida aqui nessa terra, isto é, viver por Ti e para Ti; queremos ser a Tua imagem, queremos ter um coração igual ao Teu, queremos ter o Teu caráter, enfim, queremos ser verdadeiros cristãos que Te refletem. Ajuda-nos, Pai, nessa missão, que o Senhor cresça e nós venhamos a diminuir, cada dia mais. Oramos em nome de Jesus. Amém!!!