Rebeca era filha de Betuel, sobrinha de Abraão, e vivia com sua família na Mesopotâmia.
De acordo com as Escrituras, o pai da fé já tinha idade avançada e seu filho, Isaque, ainda não havia se casado.
Preocupado, porque não queria que o moço se casasse com uma cananeia, Abraão enviou seu servo, Eliezer, à sua terra natal, para buscar uma esposa a Isaque.
Chegando lá, o servo, antes de eleger a moça, pediu ajuda do Senhor, porque queria ter êxito na sua missão. Na verdade, sua vontade era levar para Isaque uma mulher escolhida pelo próprio Deus. (Gênesis 24:12-13).
Portanto, Rebeca foi a eleita do Senhor para se tornar esposa de Isaque, herdeira da promessa e ascendente de Jesus.
Uaaaal!! Que mulher privilegiada.
Podemos extrair muitas lições de sua vida.
A primeira é a de que vale a pena esperar em Deus pelo “cônjuge perfeito”. Ou seja, aquele que compartilha da nossa fé e prioriza a eternidade ao lado de Cristo.
A Bíblia afirma que Isaque amou Rebeca e ela o consolou pela morte de sua mãe.
Eles formaram uma família próspera, feliz, abençoada e temente ao Senhor.
Rebeca deixou de ser uma mulher comum, para se tornar a esposa eleita por Deus para fazer parte da linhagem de seu Filho, e herdeira da promessa de salvação.
Não perdemos por confiar e esperar em Deus. Ele tem o melhor para as nossas vidas e não nos decepciona. Pelo contrário, seus planos são muito maiores e muito melhores do que os nossos. A sua vontade é boa, perfeita e agradável.
Assim, devemos sempre render os nossos sonhos a Jesus e pedir para que os Dele se cumpram nas nossas vidas, ainda que em detrimento dos nossos.
A segunda lição é que Rebeca era uma mulher de fé, porque, assim como Sara, ela era estéril. Apesar disso, não cometeu o mesmo erro de sua sogra, mas por 20 anos clamou ao Senhor (juntamente com seu marido) e Ele a presenteou com os gêmeos Esaú e Jacó.
“Sem fé é impossível agradar a Deus, porque quem Dele se aproxima precisa crer que Ele existe e recompensa aqueles que O buscam” (Hebreus 11:6). Isso significa que para muitos milagres se operarem é necessária a fé daquele que clama. Notamos isso claramente nos Evangelhos.
Não raras vezes Jesus disse: “sua fé te curou” ou “que seja feito conforme a sua fé”.
Então, acredite que o Senhor tem poder para fazer o impossível nas nossas vidas, inclusive dar filhos às mulheres estéreis, porque quando Ele age, ninguém pode impedi-Lo.
Por fim, Rebeca nos ensina que no seio familiar, especialmente entre filhos, não tem espaço para preferências.
O Livro Sagrado afirma que “Isaque amava a Esaú, porque comia da sua caça; mas Rebeca amava a Jacó” (Gênesis 25:28).
A revelação desses pais só trouxe engano, separação e brigas para a família deles.
Rebeca e Jacó engaram Isaque e Esaú, “roubando” a benção que, por direito, era do filho mais velho, ao mais novo.
Certamente, a atitude daquela mulher abalou a confiança que seu marido tinha nela.
Irado, Esaú jurou seu irmão a morte, o que fez com que ele fugisse aos parentes de sua mãe, separando por anos aquela família.
Diferente de Rebeca, temos que, em primeiro lugar, amar a Deus e, em tudo, buscar agradá-Lo. Quando cumprimos esse mandamento, não damos espaço para preferências nos nossos corações, porque a prioridade sempre é do Senhor.
Quanto aos demais, especialmente os da nossa casa, devemos tratá-los com igualdade em amor e justiça.
Minha oração é que sejamos mulheres que, como Rebeca, esperam no Senhor, confiantes de que Ele tem o melhor para as nossas vidas e, no tempo certo, nos honrará.