Em sua carta aos Colossenses, capítulo 1, versículo 17, o Apóstolo Paulo nos ensina que Jesus é antes de todas as coisas, e Nele tudo subsiste.
Isso significa que antes de tudo ser criado – céu, terra, vegetação, animais, Ele já existia.
O primeiro livro da Bíblia afirma que no princípio, a terra era sem forma e vazia, e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas.
Jesus é auto existente, é eterno, ninguém O criou. De eternidade a eternidade, Ele sempre existiu.
Ao lermos as Escrituras, percebemos Ele no centro de toda Palavra de Deus.
Todo Antigo Testamento aponta para o Cristo que havia de vir. De Gênesis a Malaquias, passando pelos profetas, encontramos a figura de Jesus, por isso Ele é o centro.
O Novo Testamento é inaugurado pelo Evangelho, segundo Mateus e, imediatamente, já nos deparamos com o nascimento do Filho de Deus, aquele que havia de vir.
Jesus é o centro de todos os evangelistas (Mateus, Marcos, Lucas e João), que se dedicam em nos descrever sua vida e ministério até sua morte e ressurreição.
O Livro de Atos dos Apóstolos descreve o surgimento da Igreja, o derramar do Espírito Santo sobre ela, as viagens missionárias do Apóstolo Paulo que dedicou sua vida para pregar Jesus aos judeus e aos gentios.
Todas as demais cartas neotestamentárias estão centralizadas em no Filho de Deus e, o último livro das Escrituras não é diferente. Apocalipse nos revela os aspectos da volta de Jesus, bem como o estabelecimento do seu Reino.
Dessa forma, não podemos negar a centralidade de Cristo na Palavra de Deus.
O versículo inaugural nos revela ainda que em Jesus todas as coisas subsistem. Ou seja, perduram, sobrevivem, se sustentam, e isso pode ser facilmente provado.
Se Ele deixasse o oxigênio faltar, morreríamos rapidamente.
Se a terra se aproximasse ou se afastasse do sol, morreríamos queimados ou congelados.
Se Ele não mandasse chuva sobre a terra, morreríamos; mas se Ele não as fizesse cessar, também morreríamos.
Por tudo isso, Jesus é o centro, não apenas da Palavra de Deus, mas de tudo que existe, porque, além de ser o agente da criação que, do nada, criou tudo; Ele também é o sustentador de todas as coisas.
Entendida a centralidade do Filho de Deus em tudo, nós também precisamos fazer Dele o centro das nossas vidas. Ou seja, tudo o que somos, temos e fazemos precisa ser por Ele e para Ele.
Todavia, de maneira prática, como podemos fazer isso?
Precisamos colocar Jesus no centro dos nossos pensamentos.
Qual a primeira coisa/pessoa que pensamos, ao abrirmos os nossos olhos pela manhã? Qual pensamento consome a nossa mente durante todos os dias? Qual nosso último pensamento antes de dormirmos?
Se fizéssemos de Jesus o centro dos nossos pensamentos, viveríamos mais leves, mais confiantes, menos ansiosos, menos temerosos, porque nos lembraríamos das Suas palavras e das Suas promessas para as nossas vidas:
“Eu que sei os pensamentos que tenho sobre vós, diz o Senhor, pensamentos de paz e não de mal, para vos dar o fim que esperais”. (Jeremias 29:11).
“Porque, assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos mais altos do que os vossos pensamentos”. (Isaías 55:10)
“Sabemos que Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que O amam”. (Romanos 8:28).
“Tudo é possível ao que crê”. (Marcos 9:23)
“Agindo Deus, quem impedirá?” (Isaías 43:13).
“Aquele que não poupou seu Filho, mas O entregou por todos nós, não nos dará com Ele, e de graça, todas as coisas? (Romanos 8:32).
Precisamos colocar Jesus no centro das nossas escolhas.
Com quem iremos nos casar? Quem ter por amigos e confidente? Qual carreira seguir? Mudar ou não de emprego? Mudar ou não de cidade? Ter ou não ter filhos?
Quando Jesus está no centro das nossas escolhas, não decidimos aleatoriamente, com base na nossa vontade, mas perguntamos ao Filho de Deus, que é onisciente, que tem o melhor para as nossas vidas, cuja vontade para nós é boa, perfeita e agradável, qual rumo devemos tomar.
Cristo deve ser o centro das nossas dificuldades.
Qual a nossa postura diante das tribulações? Murmuramos? Blasfemamos? Questionamos a Deus?
Quando colocamos Jesus no centro das nossas dificuldades, sabemos que não as enfrentamos sozinhos, mas Ele está conosco nos fortalecendo, nos animando e nos sustentando, apesar dos sofrimentos, das dores e das tristezas; Ele nos mantém de pé.
“Nunca te deixarei, jamais te abandonarei”. (Hebreus 13:5).
“Seja forte e corajoso, não se apavore, nem se desanime, pois o Senhor, o seu Deus, estará com você por onde andar”. (Josué 1:9).
Por fim, Jesus precisa estar no centro da nossa família.
Uma família não é totalmente construída no dia que dizemos sim, no altar. Lá é apenas o começo. Ela é formada dia após dia, tijolinho por tijolinho e isso, realmente, não é tarefa fácil.
Basta olharmos ao nosso redor quantas pessoas já desistiram de suas famílias.
Contudo, quando Jesus está no centro da nossa casa, a tarefa se torna mais fácil.
Quando aplicamos a Palavra de Deus, o arrependimento, o perdão, o amor, quando aprendemos a priorizar o outro e não a nós mesmos, quando aprendemos que não nos casamos para sermos felizes, mas para fazermos os nossos cônjuges felizes, a jornada se torna mais leve e todos são felizes.
Quanto mais próximos de Jesus estão um marido e uma esposa, mais perto um do outro estão. Quanto mais longe estão de Cristo, mais afastados ficam.
Por isso, precisamos colocar Jesus no centro da nossa família consagrando, diariamente, os nossos lares a Deus. Devemos pedir ao Senhor para que estabeleça seu trono nas nossas casas e nelas levantarmos um altar de adoração a Deus, então, quando as dificuldades, os problemas e as diferenças chegarem, nos comportaremos à semelhança de Jesus, pois O colocamos no centro.
O Filho de Deus precisa estar no centro da criação dos nossos filhos, das nossas ações e reações, do nosso trabalho, das nossas finanças, enfim em todas as áreas das nossas vidas.
Assim, além de estarmos honrando ao Senhor, seremos mais do que vitoriosos e todas as coisas nos correrão bem!!