Versículo: “Mas, o rei respondeu a Araúna: Não! Faço questão de pagar o preço justo. Não oferecerei ao Senhor, o meu Deus, holocaustos que não me custem nada.” 2 Samuel 24:24
Aplicação: Depois de, novamente, ter pecado fazendo um recenseamento de Israel e de Judá, Deus envia o profeta Gade ao rei Davi com três opções de punição à sua transgressão.
“Estou dando a você três opções de punição, escolha uma delas e eu executarei contra você: (…) três anos de fome em sua terra; três meses fugindo de seus adversários ou três dias de pra em sua terra”.
Angustiado, Davi preferiu cair nas mãos do Senhor à de seus inimigos, porque grande é a sua misericórdia.
Por isso, Ele enviou uma praga sobre Israel, desde aquela manhã até a hora que havia determinado. E morreram 70 mil homens.
Naquele mesmo dia, o rei, obedecendo o direcionamento do profeta, foi a Araúna a fim de comprar suas terras e edificar um altar ao Senhor para que cessasse a praga no meio do povo, mas ele não estava disposto a vendê-las, mas a entregá-las gratuitamente.
E, foi nesse contexto que Davi fez a declaração do versículo de hoje:
“Mas, o rei respondeu a Araúna: Não! Faço questão de pagar o preço justo. Não oferecerei ao Senhor, o meu Deus, holocaustos que não me custem nada.”
Nós não precisamos mais oferecer ao Senhor sacrifícios e holocaustos por causa dos nossos pecados como acontecia nos tempos de Davi.
O rei de Israel viveu no período da lei e essa era a forma estabelecida pelo próprio Deus para perdão do pecador: o sangue, a vida de um animal novo e puro pelo transgressor.
Nós vivemos no tempo da graça. O sacrifício necessário e suficiente para a reconciliação de todos os pecadores com o Senhor já foi oferecido: Jesus, o Cordeiro de Deus que, de uma vez por todas, tirou o pecado do mundo.
Dessa forma, nós não temos mais que derramar sangue, nem apresentar holocaustos ao Senhor para sermos perdoados. Isso acontece com o simples fato de nos arrependermos das nossas transgressões e confessá-las a Deus, por intermédio de Jesus.
Apesar disso, o Apóstolo Paulo nos ensina, no livro de Romanos 12:1, que cultuamos a Deus oferecendo os nossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Ele.
Ao contrário do que muitos creem, isso não significa que temos que pagar penitências, oferecer holocaustos ou nos autoflagelarmos. Mas, que devemos sacrificar os nossos desejos carnais a fim de nos santificarmos para o Senhor e, assim, agradá-lo.
Significa que não viveremos por nós mesmos, mas para Ele; para que o Seu nome seja glorificado nas nossas vidas.
Significa que nos crucificaremos por Cristo, negaremos a nós mesmo e viveremos a vida que Ele deu por nós no Calvário.
Precisamos ter o coração de Davi, que quer dar ao Senhor que nos custe.
Todavia, muitas vezes, nós não temos essa disposição e entregamos a Deus daquilo que nos sobra.
Dizimamos e ofertamos os nossos “restos”.
Quando oramos, já estamos deitados prontos para dormir e, na maioria das vezes, dormimos no meio da oração.
Cultuamos ao Senhor apenas aos domingos de Santa Ceia.
Não nos importamos com os nossos irmãos e as suas dificuldades, afinal sequer temos tempo de resolvermos as nossas.
Enfim, tudo o que separamos para Deus das nossas vidas não nos custa nada!
O Senhor não precisa das nossas orações, nem das nossas contribuições. Ele nos disponibilizou esses recursos para nos abençoar; por isso somos nós quem perdemos ao entregar Ele das nossas sobras.
Portanto, sejamos como Davi e não devolvamos a Deus algo que não nos custe, afinal, a nossa salvação custou a vida do Seu Filho e, o mínimo que podemos Lhe oferecer é a nossa gratidão!!
Oração: Senhor, hoje, queremos nos arrepender, porque temos te oferecido coisas que não nos custam nada, especialmente no que diz respeito ao nosso tempo e às nossas finanças. Dá-nos, Pai, um coração disposto a nos sacrificarmos por ti, em gratidão a tudo que fizestes por nós. Ajuda-nos a vivermos por/para ti, a fim de que seu nome seja glorificado. Faça de nós homens e mulheres como Davi, segundo o teu coração. Oramos e, desde já, agradecemos em nome de Jesus. Amém.
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