Transformados

Versículo: “E era Moisés mui manso, mais do que todos os homens que havia sobre a terra.” Números 12:3

Aplicação: O versículo de hoje nos revela uma característica de Moisés – a mansidão, a qual, aparentemente, se contrapõe ao episódio descrito no livro de Êxodo 2:11-12, quando ele viu um egípcio bater em um dos seus irmãos hebreus.

De acordo com o texto, ele não se conteve, matou e enterrou o egípcio na areia para escondê-lo.

Após esse episódio, o líder dos israelitas fugiu para terra de Midiã, onde permaneceu por quarenta anos, até que o Senhor se revelou a ele na sarça ardente e o comissionou a voltar ao Egito para libertar os hebreus escravizados.

Analisando os textos, parece até que eles tratam de pessoas diferentes: um completamente sanguíneo, explosivo e violento; e o outro manso, calmo, dócil, sossegado; mas não são.

Ambos se referem a Moisés – o primeiro que vivia no palácio de faraó, longe do Senhor, acostumado a mandar e a resolver as coisas da própria maneira.  O segundo, que teve um verdadeiro encontro com Deus, após ser moldado quarenta anos no deserto de Midiã.

Esse novo Moisés lutou e intercedeu bravamente pelos israelitas, povos murmuradores, blasfemos, de dura cerviz, que, constantemente, colocava o Senhor e ele a prova.

Esse novo Moisés foi impedido por Deus de entrar em Canaã, após longos quarenta anos no deserto, por causa dos hebreus que o levou a pecar.

Esse novo Moisés se recusou a formar um novo povo, a partir dele, às custas dos israelitas.

Esse novo Moisés colocou sua salvação em cheque por causa dos seus irmãos hebreus.

Essa mesma transformação ocorreu com os discípulos de Jesus. João, conhecido como o Apóstolo do amor, era, antes, o filho do trovão que queria mandar fogo para destruir os samaritanos.

Pedro, explosivo como Moisés, arrancou a orelha de Malco na ocasião da prisão de Jesus no Getsêmani, rendeu-se às prisões e à morte de cruz por causa do Evangelho.

É impossível permanecermos os mesmos quando nos encontramos, verdadeiramente, com Jesus.

A sua humildade, bondade, fidelidade, mansidão, compaixão, domínio próprio e amor nos constrange a mudar, a fim de nos tornarmos mais semelhantes a Ele.

Diante Dele nos arrependemos da nossa personalidade, do nosso temperamento, do nosso caráter, das nossas atitudes e desejamos nos tornar perfeito, como Ele o é.

A boa notícia é que Jesus também deseja que sejamos conformados à sua imagem, por isso, através do seu Espírito, Ele nos ajuda nessa tarefa.

É o Espírito Santo que aponta os nossos erros e os nossos pecados e nos conduz à mudança que tanto precisamos.  

Quando nos submetemos a Ele deixamos de ser orgulhosos e nos tornamos humildes e bondosos. Tornamo-nos fieis e obedientes à Palavra do Senhor.

Deixamos de ser vingativos e explosivos e nos tornamos mansos e tranquilo. Passamos a nos colocar no lugar dos nossos irmãos, vestimos seus calçados e nos tornamos compassivos.

O Espírito Santo compartilha o seu amor conosco, levando-nos a amar mais os nossos irmãos e a suportá-los (auxiliar, dar suporte).

Se, ao analisarmos as nossas vidas, não observarmos mudanças abruptas no nosso temperamento, na nossa personalidade e no nosso caráter é porque, apesar de termos visto Jesus, não tivemos um encontro verdadeiro, não nos submetemos de fato ao seu agir.

Renda-se a Ele, seja transformado e se torne, a cada dia, mais semelhante a Jesus.

Oração: Senhor, sabemos que somos falhos e pecadores. Reconhecemos a nossa necessidade de arrependimento e transformação, por isso te pedimos, ajuda-nos. Hoje, rendemos ao Senhor quem somos, a nossa personalidade, o nosso temperamento e caráter, a fim de sermos totalmente controlados pelo teu Espírito. Não queremos mais sermos os mesmos, Pai. Transforma-nos. Oramos em nome de Jesus. Amém.

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