A Bíblia não narra a biografia de Maria em detalhes, por isso pouco sabemos sobre ela, no entanto, essas mínimas informações são inspiradoras para cada uma de nós.
De acordo com o Evangelho de Lucas, foi o anjo Gabriel que apareceu à Maria contando-lhe que ela ficaria grávida e daria luz a um filho chamado Jesus, Filho do Deus Altíssimo.
Indignada, ela questiona o anjo do Senhor, porque, apesar de estar noiva de José, ela era virgem e se manteria assim até a concretização de seu casamento, já que temia a Deus verdadeiramente.
Gabriel explica-lhe, então, que aquele bebê seria santo, por isso sua concepção se daria por intermédio do poder de Deus:
“O Espírito Santo virá sobe você, e o poder do Altíssimo a cobrirá com sua sombra”.
Maria não teve dúvidas. Imediatamente aceitou os planos que o Senhor tinha a seu respeito, sem se preocupar com as consequências de sua decisão.
Afinal, ela estava prestes a se casar e estar grávida poderia aludir um adultério que lhe resultaria uma possível morte por apedrejamento.
Não sabemos exatamente como ela contou essa novidade a José, seu noivo, mas o Evangelho de Mateus nos revela que, por ser um homem justo, ele decidiu deixá-la em segredo, pois não queria envergonhá-la com uma separação pública.
Enquanto ele pensava nessas coisas, o anjo Gabriel apareceu-lhe em sonho para lhe esclarecer as ideias:
“José não tenha medo de receber Maria como esposa, pois a criança dentro dela foi concebida pelo Espírito Santo. Ela terá um filho, e você lhe dará o nome de Jesus, pois Ele salvará o povo dos seus pecados”.
Quando José acordou, fez o que o anjo do Senhor lhe havia ordenado e recebeu Maria como esposa. No entanto, não teve relações sexuais com ela até o menino nascer; e lhe deu o nome de Jesus.
Podemos extrair lições importantes para nossa vida, a partir desse breve relato da história da mãe do nosso Senhor.
Primeiro, percebemos que, apesar de muito jovem, estudiosos acreditam que Maria tinha 12 anos nessa época, ela verdadeiramente temia ao Senhor, mantendo-se virgem durante seu noivado com José.
Naquele tempo não existia o namoro como atualmente. As pessoas decidiam se casar, muitas vezes “arranjadas” por seus pais, e já ficavam noivas.
O noivado era apenas esse período entre o “arranjo” e o casamento. Os noivos não coabitavam, mas estavam seriamente comprometidos, ao ponto de consequências sérias, como o apedrejamento de uma mulher em caso de adultério, advirem.
Apesar de sua juventude e do breve casamento, Maria, por temer ao Senhor, manteve-se virgem para José.
O sexo foi um presente de Deus para os homens, porém para ser benção nas nossas vidas deve ser praticado conforme a Palavra de Deus, ou seja, na vigência do casamento.
A relação sexual antes do matrimônio é pecado: fornicação; e fora dele é adultério e, como tais, nos afastam do Senhor e dos planos que Ele tem a nosso respeito.
Se Maria tivesse se antecipado, certamente não seria a mãe do nosso Salvador, porque já não seria virgem, afastando-se completamente os sonhos de Deus para a vida dela.
Assim, a obediência e santidade daquela jovem lhe permitiram viver os planos do Altíssimo que são maiores e melhores do que os nossos.
Segundo, Maria nos é um exemplo de serva que coloca a vontade do Senhor acima dos próprios desejos não levando em consideração o “preço” das suas escolhas.
Ela estava prestes a se casar e, ficar grávida de um homem que não fosse seu futuro esposo, poderia lhe custar a vida. No entanto, ela não considerava sua vida preciosa para si mesma, contanto que cumprisse os sonhos que o Senhor tinha a seu respeito.
A exemplo dessa mulher, devemos nos achegar diante de Jesus, apresentar-Lhe os nossos planos sempre reconhecendo, porém, que os Dele são maiores e melhores, portanto, devem prevalecer, ainda que em detrimento da nossa vontade.
Devemos clamar ao Senhor para que haja um alinhamento entre as nossas vontades; ou seja, devemos desejar sonhar os sonhos de Deus e, se por causa da nossa carnalidade, isso não acontecer, devemos pedir para que os Dele prevaleçam.
Por fim, Maria foi a mulher mais abençoada que já existiu, escolhida pelo Senhor, para ser a mãe do seu Filho, o nosso Salvador, porque se permitiu viver os planos que Ele tinha para sua vida.
Deus tem planos de paz e não de mal para as nossas vidas, a fim de nos dar um futuro e uma esperança.
A sua vontade para nós é boa, perfeita e agradável e os seus sonhos são muito mais altos e melhores do que os nossos, por isso nunca perdemos por vivê-los, pelo contrário, deixamos de ser abençoadas quando vamos à sua contramão.
Maria exultou ao Senhor quando se viu grávida do Messias:
“Minha alma exalta ao Senhor! Como meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador. Pois, Ele observou sua humilde serva, e de agora em diante, todas as gerações me chamarão abençoada. Pois, o Poderoso é santo e fez grandes coisas para mim”. (Lucas 1:46-49).
E, se seguirmos o seu exemplo de santidade e obediência, nós também o glorificaremos por suas maravilhas em nossas vidas!!!!